Eu tenho uma mania: a de me apaixonar, por tudo que a vida me oferece. Vivo procurando motivos para que o ENCANTO nunca termine!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ele não é só um cara. Esse sim, esquenta as suas mãos e escuta os seus impropérios e gracinhas com o mesmo apego. Ele não te deixou apodrecendo ali onde você não pudesse incomodar. Ele é diferente de tudo o que é errado em seu mundo e em outros mundos. Você diria que ele salvou sua vida se não soasse tão dramático. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas, te ensinou a gostar de surpresas. Ele é diferente. Ele não é só um cara. Ele te ouve como se te entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas você prefere ser a garota dele. E sabe que serão importantes na história um do outro para sempre independentemente de tudo que estiver pra acontecer. Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer hoje.
— Tati Bernardi

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa a dependência, confiar no outro, confiar no outro a ponto de não somente repartir a memória, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a ponto de esquecer quem se foi assim que o outro esteja junto, é talvez chegar em casa e contar seu dia e só sentir que teve um dia quando a gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos olhos. Amar é uma confissão. Amar é justamente quando um sussurro funciona melhor que um grito. Amar é não ter vergonha de nossas dúvidas, é falar uma bobagem e ainda se sentir importante. É lavar louça e nunca estar sozinho. É arrumar a cama e nunca estar sozinho. É aquela vontade danada de andar de mãos dadas durante o dia e de pés dados durante a noite.
(Fabrício Carpinejar)

domingo, 27 de novembro de 2011

Somente uma coisa me faria bem agora. Seria adormecer com a cabeça no seu colo, você me dizendo bobagenzinhas gostosas para eu esquecer a ruindade do mundo.
— Clarice Lispector  
Escrevi nos ombros o nome que tira meu peso e me faz flutuar até as nuvens só para rabiscar no céu azul todos os sonhos de meu coração de menina. 
Desenhei no rosto a digital da carícia doce como a seda que marca minha pele como brasa.
Marquei no corpo o contorno do abraço que me aquieta a alma e acelera o pulso, em minha doce ânsia de querer me fundir naquele corpo até nos tornarmos uma pessoa só. 
Tatuei na pele o que jamais sairá do coração.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Era um dia como outro qualquer, e a mudança assim mesmo ocorreu. Senti-me como que desperta para um outro mundo.Morri e nasci de novo.
Era o mesmo lugar , as mesmas pessoas, a mesma cor e cheiro, mas ao mesmo tempo tudo tão diferente em vários aspectos.
Não reconhecia mais ninguém. O comportamento de todos era tão ....como poderia dizer...inesperado?! surpreendente?! irreal ?! era diferente. Sem palavras para descrever o sentimento que inundava meu ser naquele momento. Um misto de dor, alegria, medo, surpresa, indecisão.
Como poderia ser tudo tão igual e ao mesmo tempo não ser o mesmo? Não compreendia...e por que eu não estava diferente? Por que permanecia a mesma pessoa, com os mesmos ideiais e sensações?
Uma sombra negra pairou sobre meus ensamentos: Será que tudo sempre fora assim ? Será que era tão ingênua a ponto de não perceber a realidade ? Ingênua..... seria inacreditável. Mas acredito que é a mais pura verdade.
A minha ingenuidade e pureza de criança permaneceu em mim até os dias atuais. Deveria ser melhor do que penso. Ao deparar-me com a cruel realidade da vida, sem me deixar ser consumida pelo capitalismo, egoismo do mundo, sofri. E sofro....
Sofro pelo medo de não ter amigos mais em que possa realmente confiar, aqueles onde possa depositar minha confiança de me mostrar como sou.
Sofro com a tristezas das doenças que assolam o mundo.
Sofro com a disparidade de idéias que surgem a cada minuto de conversa onde, sem sustentabilidade nenhuma tenta-se manter um diálogo que não se quer.
Sofro com a falsidade, da falta de compromisso com a verdade e com o amor ao próximo.
Sofro por ter a sensação de que um dia não teremos alguém ao nosso lado para REALMENTE o que der e vier. Ninguém quer saber mais de um obstáculo, querem saber de nem vê-lo ou fingir que não existe.

Imagino-te sentado numa lareira, tomando uma xícara de chocolate quente e descobrindo em meio as contas esta carta que escrevo para provar aquilo que ainda não descobri. Confundo tua cabeça e a minha com as mesmas palavras. Eu bem sei, meu amor, eu bem sei. A verdade é que gosto de escrever cartas para você. Apenas para você. Libertar segredos ocultos no fundo da alma. Uso-te, admito, uso-te - para despertar a pequena literatura que reside em algum canto perdido nas curvas de meu coração. 
Imagino-te sentando ao meu lado em meu bar preferido e sussurrando para deixar essa vida solta e aprisionar-me em teu abraço. Andando pelas ruas, sinto segurar minhas mãos e fazer comentário qualquer para que não me sinta só enquanto não chega. Abraço-te em silêncio no escuro do meu quarto, rogando para que invada minha vida antes da noite me devorar. Quando me vejo perdida entre os lençóis da minha cama, é seu corpo que encontro encostado na porta me lançando olhar de você-não-passa-de-menina-boba. Escrevendo, te trago para mim. Invento nossa história mil vezes, uma melhor que a outra. Tu vai, volta e permanece. Tu vens e me prende nesse amor que me faz afogar e flutuar nas águas do mar de uma só vez. Em meus contos, em meus sonhos, em meu olhar de súplica, peço apenas para que venhas. Penso que é para isso que escrevo, para trazê-lo até mim, ainda que inconscientemente. Vejo cada palavra que transformo em frase como um passo que dá até mim. E assim continuo a escrever e esperar. Quem sabe, num dia nublado e triste como esses que me fazem companhia, não vens? Te espero, meu bem, te espero.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Você não sabe ao certo o que vê em mim, mas também não sabe ao certo o que não vê. Você sabe que pode ter uma mulher mais gostosa do que eu, mas por alguma razão prefere […] aquela que ainda ri das suas piadas. Mesmo sendo as mesmas piadas há quatro ou cinco anos. Aí você me liga, com aquele ar descompromissado e meigo de quem só quer ir no cinema com uma velha amiga. Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Eu posso ter um cara mais gostoso, como de fato já tive milhares de vezes. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato. Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo. […] Todas as vezes que te vi, nesses últimos quatro ou cinco anos, eu sempre me apaixonei por você. Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber mensagens de gente louca ou olhares curiosos, pra escutar uma piada nova. E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho que sempre é interrompido pelo vazio da sua camiseta fedendo a churrasco. Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais. Eu só sei que agora eu vou tomar um banho, vou esfregar a bucha o mais forte possível na minha pele e vou me dizer pela milésima vez que essa foi a última vez que vou ficar sem entender nada. Mas aí, daqui uns dias, igual faz há uns cinco ou seis anos, você vai me ligar. Querendo pegar aquele cineminha, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
“Eu não preciso de alguém que esteja disponível 24 horas por dia, mas que, quando necessário, largue seus amigos e seu bar para vir cuidar de mim. Não preciso de planos postos em uma folha de papel, nem promessas que seriam retiradas pela manhã. Mas se quiseres me escrever para me contar sobre a sua vida e os seus sonhos, eu não me importaria. Não necessito de declarações exageradas, de poemas bonitos e versos profundos. Pode só pegar na minha mão quando eu sentir medo, pode só me proteger e ignorar meus defeitos. Não precisa me achar a mais bonita do mundo, desde que você não queira estar com mais ninguém, além de mim. Eu não preciso do seu dinheiro, do teu crachá de chefe ou das tuas roupas de marca. Pode aparecer com o teu moletom verde musgo e o teu sorriso, isso já me basta. Pode me levar pra comer um cachorro quente na praça, e assistir um filme juntinho na sala da tua mãe. Eu não preciso de um príncipe encantado, de um conto de fadas ou de riquezas materiais. Mas talvez eu precise do teu abraço apertado, das tuas mãos na minha cintura, da tua sinceridade na hora de me dizer o que fazer. Talvez eu precise da tua voz me fazendo ninar, dos teus dedos secando minhas lágrimas e tua boca cessando meus gritos. Eu não preciso das coisas que você possui, desde que eu possua você.”

Ana F.
“Certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá. Manifeste suas ideias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra. Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.”

Luis Fernando Veríssimo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nesta quarta feira, enquanto fazia o lanche da tarde, assistia à novela “das seis” da Rede Globo de Televisão. E numa das cenas, uma irmã pedia perdão para outra irmã que esta em coma num leito do hospital.
Ela pedia perdão para irmã porque aprendeu a AMAR AS ATITUDES do pai do filho da irmã que esta em coma.
E ela disse em prantos para a irmã que esta imóvel na cama: Me desculpe! Mas não sei quando aconteceu da simples amizade transformar em amor...
E pensei: Há se todos os relacionamentos fossem assim!
Não entendo como as pessoas vão num baile, numa balada, beijam quatro, seis ou oito numa só noite, ou pior, em quatro ou cinco horas de festa, e depois diz: Na minha vida só aparece tranqueira!
Da vontade de rir... Pois pessoas beijam outras que nem sabe o nome, e querem ter um relacionamento perfeito... Sem tranqueiras pelo caminho!
Atraímos tranqueiras pelas nossas próprias atitudes, e não queremos elas em nossas vidas... Quando atraímos, é direito adiquirido!
Joanna de Angelis, um ser espiritual de enorme grandeza e Luz, escreveu pelas mãos de Divaldo Pereira Franco: Nas áreas dos amores, em profundidade, tudo se inicia de uma grande amizade!
A amizade num relacionamento é tudo... Sem amizade não existe comprometimento, sem comprometimento não existe relacionamento. Ou seja, é apenas um usando o outro... Assim como se usa um copo de cafezinho plástico!
Tem pessoas que fala: Gosto muito de fulano, mas o que sinto por ele é só amizade! Mas se vai num baile, “fica” com um, dois ou três... Que nem amizade tem! Ou ainda pior... nem o nome sabe!
Não é estranho este comportamento?
E depois diz que Deus virou a costa para ela porque os homens que aparecem na vida dela são tudo tranqueira!
Eu fico na dúvida, se choro ou rio com estas palavras!
Se com fulano ou cicrana você tem amizade... Maravilha! Tudo se inicia por ai mesmo... Uma boa e bela amizade!
Podem me dizer: Mas não rola... Não temos nada a ver um com o outro!
- Se não tivesse, não teriam nem amizade...
Mas ainda pode falar: Ele para mim é um irmão...
- Maravilha... Já são da mesma família!
Podem pensar: Tenho medo de estragar a amizade...
- Isto é para os ignorantes! Somos seres inteligentes e evoluídos... Não somos? Se formos, já temos o discernimento de separar uma coisa de outra!
Quando vamos num baile, beijamos várias pessoas numa mesma noite, sem comprometimento algum, e ainda contamos vantagem para os amigos ou amigas no outro dia, como se isto fosse algo fantástico e extraordinário.
Quando agimos assim, não estamos nada diferentes de alguns animais... Alguns, porque até nos meio dos animais que são irracionais, existem fidelidade até a morte! Ou seja, a momentos que agimos pior que muitos animais...
Para piorar a nossa situação, ainda somos dotados de racionalidade e inteligência... E os animais são dotados de instintos! Então, quando agimos em função da satisfação dos hormônios, também estamos sendo dirigidos pelo instinto... Ou seja, agindo como animal!
Triste ter esta sensação, não é mesmo?
Dias atrás, novamente não sabia se ria ou me entristecia com a mensagem que uma pessoa postou no próprio facebook. Dizia assim: Triste é perder para o papel higiênico, pois até ele tem um “rolinho”... E eu não!
Gente... Que isto? Pense comigo... A pessoa se rebaixar a pior que papel higiênico!
E quando li fiquei a refletir: Papel higiênico serve para que? Quando ele sai do rolinho, ele vai para onde? Qual o fim dele? Qual a finalidade de um papel higiênico?
Primeiro se comporta como animal (irracional), depois se compara a um rolo de papel higiênico... E quer ter uma vida amorosa perfeita!
Querem vida amorosa perfeita como num conto de fadas, mas não querem se educar e mudar as atitudes... Impossível!
Este nosso artigo é para ser refletido... E muito bem refletido!
Onde vamos parar com esta baixa estima?
Onde vamos parar com esta falta de amor próprio?
Se nem nós nos amamos, pois quem se ama se valoriza; como esperar ser valorizada por alguém e ter um relacionamento sério?
Conheço pessoas que conheceu outra dentro do baile, foram para o carro satisfizeram as vontades dos hormônios. Ela voltou para o baile e ele foi embora ajeitando as calças... Pergunta se ela sabe pelo menos o nome dele?
E me disse no msn que deseja um homem bom, carinhoso, simpático, rico e bonito...
É para rir, ou chorar?
Outras casam com pessoas que quando namoravam, eram verdadeiros cavalheiros e damas... Eram tudo que elas queria na vida... Depois de seis, sete, oito anos de relacionamento e ou casamento, mudam completamente.
Sabem por quê? Porque as mascaras caem... Vendem imagem de bom moço e de boa moça, e perdem a graça do “brinquedo”, assim como criança pede, pede e pede um brinquedo, depois que damos, brinca por dois ou três dias e querem outro, pois aquele já perdeu a graça... E dai partem para as fugas, para muitas vezes não partirem para outros relacionamentos.
E muitos outros partem para outros relacionamentos...
E sabe por quê?
Porque acabou a AMIZADE! Porque onde tem amizade tem respeito, carinho e afeto.

Já pensou se toda “veinha” separasse do “veinho” porque ele não tem mais aquela virilidade, e nem aquele certo comprimidinho azul esta dando mais jeito?
Sabem por que permanecem casados? Porque não era só sexo... Acabou a potencia, mas não acabou a amizade!
Sobraram os exemplos... Pois as palavras voam ao sabor do vento, mas os exemplos mostra o caráter que temos, e quem realmente somos!
Pois o principe encantado não existe, e a carroagem da princesa ja virou abóbora...
Então... Que começamos nossos relacionamentos pela amizade sincera, para que quando o amor bater a porta possa estar com o coração limpo, e a alma acolhida no colo daquela pessoa que confiamos nossa sincera amizade... E daí em diante, a amizade terá outro nome... AMOR!

Via Email!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

11 meses :(

Quero saber isso porque eu ainda estou presa à aquele amor, que me fez tão feliz e que me fez tão bem. E que sempre estará presente nas minhas melhores lembranças e na saudade que eu gosto de ter. Você me fez acreditar que podemos confiar nos outros, você me fez confiar em você. E não lhe culpo por eu estar sofrendo. Pois você não foi embora porque quis. Foi embora porque foi necessário e não tinha nem possibilidades de você ficar. Sou muito grata por você ter entrado na minha vida. Por ter ajudado eu a começar a construir a minha história. E por permitir que eu participasse da sua. Aprendi, cresci, sofri, ri, amei, gritei, chorei, abracei, beijei, eu vive ao seu lado e você do meu. Fomos muito felizes e garanto que acho que ninguém mais saberá fazer que eu me sinta tão bem, que eu seja eu mesma, como você soube e sabe. O que me conforta é que você me escreveu e falou: “… meu amor, eu vou voltar e ficaremos juntos, porque eu te amo mais que tudo…”. Isso é o que me move, isso é o que me faz levantar de manhã e pensar talvez um dia vou te encontrar! 

sábado, 12 de novembro de 2011

Por muito tempo almejei o que estou sentindo. Esperei ansiosamente por toda minha vida para vivenciar esse momento. Sentir-se livre. Me sinto, porém, um pouco perdida. A liberdade não é, nem de longe, o que eu pensei que seria. A sensação é de perder-se num imenso e profundo vazio. Meio Alice, na toca do coelho. E há também um paradoxo que acompanha isso tudo: sinto como se não tivesse pra onde ir, mas ao mesmo tempo sinto-me perdida em meio há tantas possibilidades à minha disposição.
A princípio é meio sufocante. Imagine ficar por longos minutos sem poder respirar e, de repente, te dão com uma força incalculável uma enorme quantidade de oxigênio. Parece que eu sempre soube o que fazer quando chegasse o dia de hoje. Mas eu simplesmente não sei. Isso me apavora.
O tempo está passando, e espero que leve com ele esse sentimento de invalidez e aflição. Tudo o que eu não quero é saber que aquilo pelo qual eu esperei por tanto tempo talvez não seja pra mim. E tudo porque liberdade é uma espécie de alegria estranha e infinita, da qual eu jamais quero me sentir livre.
E talvez esse seja o real significado - mesmo que parcial - da liberdade. Ou quem sabe isso é só o que eu espero que ela seja.

sábado, 5 de novembro de 2011

"Milagre é quando tudo conspira contra, mas Deus vem de mansinho e com um sopro leve muda o rumo dos ventos. Milagre é quando o incerto nos abraça depois de nos atingir cruelmente com sua fúria. É quando respirar vira quase um suspiro de alivio e a vida devolve o sorriso como forma de retribuição por todo sofrimento. É o instante teimoso que resiste bravamente a um duro percurso e mantém-se em pé amparado pela força divina. É a decisão que escapa de nossas mãos, mas que antes de cair agarra-se com toda força a uma segunda chance. Milagre é o improvável gesto de carinho que impulsiona o ser humano a não deixar de acreditar."

(Fernanda Gaona)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Todo dia, a menina corria o quintal, procurando um arco-íris. Corria olhando para o alto, tropeçava e caía. Toda vez que se machucava, vinha chorando uma cor. Um dia, chorou o anil até esvaziá-lo dos olhos. Depois, chorou laranja, chorou vermelho e azul. Chorou verde. Violeta. Amarelo e até transparente! Chorou todas as cores que tinha, todas as cores de dentro. Então, abriu os olhos e nem o arco-íris, ela viu. Não viu flores e borboletas. Não viu árvores e passarinhos. Pensando que era ainda noite, deitou-se na cama e dormiu. Pensando que era tudo escuro, nem levantar-se ela quis! Ficou dormindo cinzenta, por dias e noites sem fim... Foi quando um sonho, tão colorido, derramou-se dentro dela! Tingiu o travesseiro e a fronha, o lençol e o pijaminha. Tingiu a meia e o quarto. Tingiu as casas e os ninhos! A menina abriu a janela e viu que hoje não tinha arco-íris. Mas tinha o desenho das nuvens. Tinha as flores e um passarinho.

[Rita Apoena]

Sabe aquela pessoa que faz você ter vontade de ser melhor a cada minuto? Sabe aquela pessoa que faz você pensar ele-vale-qualquer-dorzinha-que-o-amor-causa? Sabe de quem falo agora? Então, pensa. Fecha os olhos e pensa bem forte, até a imagem da pessoa surgir na sua mente. Pensa na pele, na expressão dos olhos, no dedão do pé, na espessura do fio de cabelo, na cor do sorriso, nas pintas, nos cílios. Pensa no impensável. Pensa naquilo que só você conhece, um jeito de rir (…) Eu aposto que seu coração se sentiu em casa, um velho conhecido daquela imagem que te faz tão bem. Porque quando a gente tem um sentimento forte por alguém, a gente se sente bem. 
  ClarissaCorrea