Eu tenho uma mania: a de me apaixonar, por tudo que a vida me oferece. Vivo procurando motivos para que o ENCANTO nunca termine!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Imagino-te sentado numa lareira, tomando uma xícara de chocolate quente e descobrindo em meio as contas esta carta que escrevo para provar aquilo que ainda não descobri. Confundo tua cabeça e a minha com as mesmas palavras. Eu bem sei, meu amor, eu bem sei. A verdade é que gosto de escrever cartas para você. Apenas para você. Libertar segredos ocultos no fundo da alma. Uso-te, admito, uso-te - para despertar a pequena literatura que reside em algum canto perdido nas curvas de meu coração. 
Imagino-te sentando ao meu lado em meu bar preferido e sussurrando para deixar essa vida solta e aprisionar-me em teu abraço. Andando pelas ruas, sinto segurar minhas mãos e fazer comentário qualquer para que não me sinta só enquanto não chega. Abraço-te em silêncio no escuro do meu quarto, rogando para que invada minha vida antes da noite me devorar. Quando me vejo perdida entre os lençóis da minha cama, é seu corpo que encontro encostado na porta me lançando olhar de você-não-passa-de-menina-boba. Escrevendo, te trago para mim. Invento nossa história mil vezes, uma melhor que a outra. Tu vai, volta e permanece. Tu vens e me prende nesse amor que me faz afogar e flutuar nas águas do mar de uma só vez. Em meus contos, em meus sonhos, em meu olhar de súplica, peço apenas para que venhas. Penso que é para isso que escrevo, para trazê-lo até mim, ainda que inconscientemente. Vejo cada palavra que transformo em frase como um passo que dá até mim. E assim continuo a escrever e esperar. Quem sabe, num dia nublado e triste como esses que me fazem companhia, não vens? Te espero, meu bem, te espero.

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